sexta-feira, 28 de março de 2014

DECORAÇÃO E PLANEJAMENTO AMPLIAM ESPAÇO DE PEQUENOS IMÓVEIS

O bom imobiliário dos últimos anos incluiu lançamentos de todos os tipos de apartamentos, inclusive os muito pequenos. Nesses, para que o tão falado sonho da casa própria se torne uma realidade agradável, e não um exercício de resistência à claustrofobia, é importante investir numa decoração que ajude a dar ideia de amplitude. Mais que embelezar o imóvel, há que se aproveitar cada palmo quadrado.

Neste projeto de 48m², a disposição da sala de TV foi alterada, com inclusão de uma marcenaria com suporte giratório para atender aos três ambientes.

“As áreas reduzidas de apartamentos têm estimulado soluções de aproveitamento de espaço e também ambientes multifuncionais, que, com pequenas alterações de layout, podem ser utilizados de diferentes maneiras”, explica a arquiteta e designer Ana Paula Barros, de Campinas.

Um passo fundamental, diz ela, é planejar bem a ocupação, estudar várias opções. “O erro mais comum cometido pelas pessoas é insistir em móveis grandes herdados ou trazidos na mudança, que acabam obstruindo a circulação”, afirma. Sim, em nome do conforto pode ser melhor abrir mão de alguns adoráveis trambolhos que você acumulou ao longo dos anos. Em imóveis apertados, circulação é a palavra-chave, e uma peça de grandes dimensões tende a limitá-la excessivamente.

Uma boa saída, sugere a arquiteta Aclaene de Melo, de Porto Alegre, é tirar o maior proveito possível de espaços pouco valorizados: colocar prateleiras acima das portas e aproveitar áreas abaixo de escadas, camas ou mesa de centro. “Esses locais podem armazenar o que for necessário e são grandes aliados na busca por espaço”, comenta.

Ana Paula também inclui entre as recomendações o uso de espelhos, que, bem posicionados, ajudam a dar uma sensação de amplitude. “Também é possível abusar de peças multiuso, como pufes que viram mesinhas de apoio e peças flexíveis com sistemas pivotantes ou embutidas.”

Outra estratégia interessante – e já há algum tempo em voga na arquitetura – é “eliminar paredes e integrar mais os ambientes”, diz Ana Paula. Por outro lado, um recurso que igualmente virou moda deve ser evitado em espaços exíguos: para dar mais vida à decoração, pintar uma única parede de cor forte. O problema, a arquiteta de Campinas, é que ela ganharia destaque excessivo e aumentaria a percepção das dimensões do ambiente – ou seja, poderia dar a sensação visual de que ele é ainda menor.

Pufes foram utilizados para complementar o mobiliário. A divisória com o dormitório, que já existia no apartamento, é um armário com prateleiras decorativas para o lado social e com porta embutida.

Neste loft de 45m² e com tons de preto e branco, o espaço embaixo da escada foi aproveitado para abrigar uma adega.

A cozinha também foi planejada para ampliar os espaços: vários objetos ficam em prateleiras suspensas.

A escolha adequada de louças e metais, além de cores claras no revestimento, ajudam a dar a impressão de maior espaço no banheiro.
Este projeto aposta na integração de ambientes e em espelhos para dar sensação de amplitude. Parece que o apartamento todo tem só 38 m²?

quinta-feira, 13 de março de 2014

VAI REFORMAR? VEJA SETE DICAS PARA CONTRATAR MÃO DE OBRA

Reforma é um negócio complicado e desgastante. Não à toa muita gente se especializa nisso e ganha (muito) dinheiro. Com exceção da poeira e do barulho, a parte mais difícil é contratar profissionais éticos e eficientes para realizar o serviço. Confira a seguir sete dicas para escolher os melhores trabalhadores para a sua obra.

1- Siga o mestre

  Todos os profissionais entrevistados concordaram: o primeiro passo ao começar uma obra é contratar um responsável por ela, seja um arquiteto, engenheiro ou tecnólogo com formação na área. “Ele dará o apoio não somente para a contratação da mão de obra, mas também para a especificação correta da reforma, o que é mais importante, pois em muitos casos exige projetos. Este tipo de profissional também assegura que as melhores técnicas sejam empregadas”, explica o professor Francisco Ferreira Cardoso, do Departamento de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP.

 2- Pesquise muito


 Para selecionar o comandante da reforma a dica é pesquisar muito. “Deve-se escolher o engenheiro e o arquiteto com base nos trabalhos já executados por eles e a satisfação de clientes antigos”, informa o engenheiro Jose Antonio de Araújo, do escritório Team Arquitetura e Engenharia. A análise de casos deve ter por base projetos similares ao que o contratante deseja realizar no que diz respeito ao porte e grau de dificuldade da obra.

 3- Peça referências



 Este é um dos bons e velhos jeitos de conduzir a obra: perguntar para a mãe, para o cunhado, para o vizinho e para o amigo quem foi o pedreiro, arquiteto, engenheiro, empreiteiro, eletricista, pintor ou marceneiro que trabalhou em sua casa. Assim, dá para saber se a pessoa é de confiança, se deixa o lugar limpo, se promete e não cumpre ou se costuma atrasar. “Mesmo que o profissional seja bem indicado por um amigo, parente ou alguém bem próximo, convém pedir mais três referências de trabalhos anteriores”, defende o arquiteto Fabio Galeazzo, proprietário do escritório Galeazzo Design. “Uma conversa mais detalhada com os clientes sempre ajuda”, completa. Além do prazo de entrega, pergunte sobre a qualidade no assentamento dos pisos e revestimentos.

 4- Faça uma visita


Como nem sempre é possível passar o serviço para pessoas conhecidas, a solução é visitar o escritório e ver que tipo de serviço os profissionais fazem. Para quem trabalha com construção, o escritório é uma espécie de cartão de visita. E nada de aceitar a desculpa de que em casa de ferreiro o espeto é de pau. Galeazzo aconselha a observar os acabamentos e cuidados com a obra.

5- Olho no currículo


Uma olhadinha no currículo não faz mal a ninguém. Assim como na contratação de qualquer outro profissional, é interessante saber por onde essa pessoa passou e que tipo de especialização ela tem. “Na impossibilidade de se ter um profissional técnico de apoio, uma alternativa é verificar se o profissional a ser contratado possui algum certificado de formação profissional, como o do Crea para engenheiros, tecnólogos e técnicos; ou do Cau para arquitetos. Possuir um diploma do Senai ou de escola semelhante da área também é um excelente indicador”, acredita o professor Cardoso, da USP. Para os demais profissionais, a aprovação do arquiteto ou engenheiro deve contar na seleção, além do histórico de planejamento e execução de outros trabalhos.

6- Investigue a empresa e fuja de picaretas


É importante verificar a estrutura da empresa: ver se tem site, buscar a localização e tentar agendar uma reunião para conhecer o lugar e os donos. A ideia é fugir de pessoas e empresas picaretas, que podem trazer uma série de riscos e provocar muita dor de cabeça. “Os riscos técnicos podem comprometer a segurança estrutural da construção levando a acidentes”, pontua Cardoso. Segundo o professor de engenharia, o barato pode sair caro. “A durabilidade pode ficar comprometida e aquilo que deveria durar muitos anos pode deixar de funcionar bem em um prazo muito mais curto”. Isso sem falar nos atrasos e na não conclusão do serviço. Ou seja: prejuízos de tempo e dinheiro.

7- Coloque tudo no papel


Fabio Galeazzo sugere a quem pretende reformar que faça uma lista com todos os serviços que devem ser realizados, o prazo, o preço e a previsão de atrasos. “O memorial descritivo dos serviços contratados deve ser o mais detalhado possível. Assim, fica mais fácil negociar no final aquela lista de ‘extras’ que toda obra tem.”

Fonte: Portal Terra.